O prefeito interino de Quixadá, João Paulo de Menezes Furtado, parece obcecado com a suspeita de que existem “funcionários fantasmas” na prefeitura e, em especial, na empresa FD Empreendimentos, que acolhe os funcionários terceirizados com atuação no município.
Com a finalidade de caçar supostos funcionários fantasmas, João Paulo determinou que fossem abertas sindicâncias em todas as secretarias. Cada secretário presidirá pessoalmente a caça, com ajuda de dois auxiliares.
Enquanto a ação que pode ser descrita como “Operação Caça-Fantasmas” acontece, os próprios funcionários terceirizados, em seu conjunto, são penalizados com atrasos salariais. A FD Empreendimentos deve agora dois meses de salário à maioria dos trabalhadores ligados à área da educação e usa a desculpa do não repasse da prefeitura para justificar a falta de pagamentos, segundo Junior Marques, que está liderando a busca por ajuda nos sindicatos.
Os trabalhadores se articulam para assegurar seus vencimentos e buscam ajuda de sindicatos de Fortaleza. Eles acreditam que a sindicância determinada pelo prefeito é uma forma de fazer pressão e causar medo de demissões, e asseguram que todos trabalham de verdade e que não existem “fantasmas”.
“Resolveram brincar com nossa cara”, diz Junior, um dos líderes do movimento que busca assegurar o pagamento dos salários atrasados. Ele foi demitido.
Na verdade, mais de 300 famílias estão expostas à humilhação pública e jogadas nos braços do arrocho financeiro.
Há, também, aqueles que acreditam que o prefeito interino quer apenas manter-se no poder a todo custo e está tentando encontrar qualquer coisa contra Ilário Marques desde que assumiu a chefia do executivo. Não se fala em outra coisa na prefeitura de Quixadá a não ser em sindicância e mais sindicância.
Escute áudio em que servidores repudiam o que acham ser perseguição do prefeito interino:
