Na noite da segunda-feira (28), o prefeito de Quixadá, Ilário Marques, participou de reunião com artistas do município, com membros do Conselho Municipal de Política Cultural e com o Núcleo Gestor do Fórum de Cultura e Turismo do Sertão Central. O objetivo era tratar sobre o gerenciamento do novo Galpão Cultural, localizado no antigo prédio da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA).
O lugar, que antes estava abandonado, acumulava sujeira e era usado para prática de ilícitos, foi recuperado pela prefeitura e está prestes a ser reaberto. De acordo com o prefeito, portas e janelões serão produzidos de acordo com o padrão original e já foram encomendados, faltando apenas sua instalação. A intenção é realizar as primeiras atividades ali já no mês de outubro.
“Nossa ideia, após escutar os artistas, é que este seja um espaço multiuso do setor cultural. Aqui pode ser adaptado de forma inteligente para teatro, apresentações musicais, dança, reuniões, encontros, cinema, palestras e outros eventos. Sem dúvida será um instrumento importante de fortalecimento da nossa cultura”, disse Ilário Marques.
“É uma conquista importante, que começou com a mobilização da classe artística para salvar esse espaço. Felizmente esse desejo encontrou eco na vontade do prefeito Ilário de contribuir com a evolução do setor cultural e agora estamos prestes a ver tudo pronto”, comentou Audênio Morais, Secretário de Cultura.
Para a artista Gerlidia Tavares, presidente do Fórum de Cultura e Turismo do Sertão Central, “a recuperação desse espaço é um grande marco para a cultura de Quixadá.” Ela explica que tudo começou quando os artistas provocaram o poder público através de manifestação na qual ocuparam o espaço abandonado. “Com a revitalização, você vê agora como aquele espaço é imponente, como ele é lindo, como chama a atenção da cidade. Agora a gente vê aquelas luzes, você vê vida naquele espaço”, comemora.
“A gente sonha que aquele seja um espaço de fomento, de apresentações múltiplas e plurais, que cada artista, dentro da sua linguagem, posso usar a sua arte inclusive para fazer captação de recursos. O artista tem a sua arte, mas aquela arte é o que sustenta sua família. A gente sonha que aquele espaço sirva para a gente se reafirmar como artista e ter orgulho da nossa arte e da nossa classe”, conclui Gerlidia.
“Um grande sonho adormecido! Aquele velho galpão estava em ruínas e hoje estamos reunidos para discutir políticas de ocupação. Esse diálogo democrático com a gestão pública municipal de Quixadá é fruto de muita luta, resistência e amor pela arte e cultura”, afirma Iris Freitas, presidente do Conselho Municipal de Política Cultural.
Já o secretário Higo Carlos, que liderou os serviços de reforma do prédio e seu entorno, afirma que “as intervenções estão dentro de um contexto de recuperação mais ampla de espaços públicos e de entrega e devolução de suas utilidades à população.”