Hospitais do Estado negam UTI para idosa de Quixadá; particulares pedem adiantamento de R$ 20 mil por uma vaga

Vaga de UTI chega a custar até R$ 20 mil em instituições particulares. (Foto: meramente ilustrativa)

O Sistema Único de Saúde (SUS) se destina ao atendimento gratuito de brasileiros que o mantém em funcionamento através do pagamento de altos impostos. Mas para a Dona Valdelina, uma idosa de Quixadá, no Sertão Central, o SUS fechou suas portas na hora que ela mais está precisando.

De acordo com relatos de familiares, a idosa foi recebida na UPA de Quixadá, onde teve diagnóstico de hemorragia gastrointestinal alta. Ela apresenta um quadro de grave anemia. Ainda segundo a família, as equipes de saúde da UPA tentaram transferi-la para o Hospital Regional do Sertão Central, para que ela fizesse uso urgente de um leito de UTI. A vaga, porém, foi negada pelo hospital estadual.

Na terça-feira (30/06), dona Valdelina foi levada para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e, mesmo muito debilitada, teve a vaga de UTI negada mais uma vez. Sem opções, a família resolveu internar a idosa no Hospital São Mateus, onde ela está sendo mantida na emergência. Para garantir a UTI, o hospital cobra um calção no valor de R$ 20 mil. O valor, porém, não inclui gastos adicionais com o tratamento.

A família conseguiu uma liminar da justiça obrigando o HGF a fornecer a UTI que a idosa precisa para sobreviver, mas ainda assim a vaga foi negada.

“Pedimos que essa mensagem chegue a alguém que possa nos ajudar a conseguir um leito e atendimento digno para ela. Obviamente, não temos condições de arcar com todos estes custos e não como pagadores de todos os impostos, mas como seres humanos, pedimos que O ESTADO cumpra com seu papel de assegurar o acesso a saúde para que nossa mãe receba os devidos tratamentos”, suplica em uma mensagem nas redes sociais os filhos de dona Valdelina.


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