Homens presos em Quixadá são suspeitos de integrar grupo especializado em atacar bancos e carros-fortes

Homens presos em Quixadá são suspeitos de integrar grupo especializado em ataques a banco.

Os três homens que foram presos durante uma operação realizada por policiais do Comando Tático Rural (Cotar) do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) da Polícia Militar do Ceará (PMCE), em Quixadá, nesta última semana, são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em atacar instituições financeiras.

Durante a ação, que começou na noite de quarta-feira (14) e se estendeu até a manhã da quinta-feira (15), foram apreendidas armas de fogo, três delas de grosso calibre, munições, explosivos e outros materiais que eram utilizados pelo grupo para a prática criminosa.

“Três presos e cinco armas apreendidas, sendo três fuzis, uma pistola e um revólver. Tudo parte dessa ação, importante, que terminou com um resultado positivo contra essa quadrilha, que é suspeita de atacar até 15 agências bancárias e cinco assaltos a carros-fortes. Cabe agora à Delegacia de Roubos e Furtos prosseguir com as investigações, de forma a comprovar a participação deles nesses crimes”, destacou o delegado André Costa, secretário da Segurança do Ceará.

Na quarta-feira, equipes do Cotar realizavam diligências pelo Interior do Estado, com o objetivo de colher detalhes que os levassem até a localização de grupos criminosos, responsáveis por realizar ataques contra bancos no território cearense. Durante uma das incursões, os militares receberam uma informação sobre um grupo, que se encontrava em dois veículos, sendo uma Saveiro, de cor preta e placas NUP-1289, e uma Montana branca, portando armamento de grosso calibre e explosivos.

De posse das informações, os policiais iniciaram as buscas aos suspeitos e, já no início da madrugada do dia 15, chegaram até a localidade de Vila Rica, na zona rural de Quixadá, onde avistaram uma Saveiro, com as mesmas características passadas pelos denunciantes. Os militares se aproximaram da residência onde o veículo estava estacionado e realizaram a abordagem ao condutor, identificado como José Alberto da Silva Lima (25), que, após breves questionamentos, confirmou aos policiais que portava um revólver calibre 38. A arma, que estava carregada com seis munições, foi apreendida pelos agentes de segurança. Contra José Alberto havia um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por perturbação contra o sossego alheio.

Material apreendido na operação policial.

Com a prisão de José Alberto, os militares seguiram até um imóvel situado em Umarizeiras, também na zona rural de Quixadá. Ao chegarem à residência, os agentes encontraram Francisco Hebert Melo da Silva (23), também conhecido por “Betinho”, apontado como integrante do grupo criminoso. Após deterem “Betinho”, os militares foram até a localidade de Cachoeira, apontada por ele como a região onde estava o armamento pesado, que era utilizado pelo grupo. A composição se deslocou até local indicado, um depósito de ferramentas abandonado. Após vistoria, os agentes de segurança encontraram guardados em sacos de nylon e em borrachas de câmaras de ar, dois fuzis calibre 5.56; um fuzil de calibre 7.62 x 39; munições de calibres 5.56 e 7.62 x 39; dois coletes balísticos; e uma balaclava, além de uma grande quantidade de emulsão explosiva e cordéis detonantes.

Dando continuidade à operação, a composição do Cotar seguiu para a sede do município de Quixadá, com o objetivo de capturar outro suspeito de integrar a quadrilha. Francisco Willame Macário Hilário Júnior (23), sem antecedentes, apontado como o responsável pela manutenção e custódia do armamento do bando, foi encontrado em sua residência, na Rua Sólon Viana, no bairro Campo Velho. Na casa, foram apreendidos um spray lubrificante, comumente utilizado para a limpeza de armas de fogo, e a caminhonete Montana, de cor branca e placas OJX-0082, veículo este apontado como um dos utilizados pelo grupo.

Os três homens receberam voz de prisão e foram levados para a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), em Fortaleza, unidade para onde foi encaminhado todo o material apreendido. Todos os suspeitos foram autuados por integrarem uma organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo, munições e explosivos de uso restrito. A especializada da Polícia Civil continua com as investigações, com o objetivo de capturar outros integrantes do bando, ao qual são atribuídos os ataques às agências bancárias instaladas nos municípios de Banabuiú, Ibaretama e Madalena.

“É importante também compartilharmos todas as informações referentes a essa ação com as secretarias de segurança pública de outros estados, principalmente da região Nordeste, para que assim os responsáveis por esses órgãos possam investigar o envolvimento desse grupo em crimes da mesma natureza em outras cidades, fora do território cearense”, ressaltou o secretário.

Morto em confronto com a Polícia

Além dos três homens presos em Quixadá, um quarto integrante do grupo criminoso foi localizado, já na cidade de Banabuiú. Francisco Alexandre Rabelo Barreto, também conhecido como “Lorão”, estava na localidade de Barra do Sitiá, quando foi encontrado por equipes do Cotar. Contra ele existia um mandado de prisão em aberto. Alexandre efetuou disparos contra a composição policial, que revidou, atingindo o suspeito. Ele respondia a três homicídios, uma tentativa de homicídio, três portes ilegais de arma de fogo, roubo e receptação.

Alexandre “Lorão”, que estava foragido, chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Com ele, foram apreendidos uma pistola 9 mm e 47 munições do mesmo calibre 9 mm, além de uma caminhonete Hillux, de cor preta e placas MWZ-5130. Material apreendido com o suspeito foi apresentado na Delegacia Regional de Quixadá.

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Ceará


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