As mídias da família do médico Ricardo Silveira sugeriram nesta segunda-feira, 23, que a prefeitura de Quixadá está demorando para realizar os exames de casos suspeitos de infecção por coronavírus. A informação é enganosa.
Os exames que detectam a presença de coronavírus no organismo de um paciente não são realizados pelo município.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) disponibilizou um mapa da rede de assistência, no qual a população pode consultar locais de atendimento, unidades para internamentos, além dos pontos para coleta de exame.
Portanto, os casos suspeitos em Quixadá tem apenas a coleta para exame realizada no próprio local de moradia. A análise é feita por laboratórios credenciados pelo governo do Ceará e já existe uma lista grande de espera, em alguns casos demorando vários dias para ficarem prontos.
O município de Quixadá foi pioneiro na região na decretação de medidas de restrição, datadas de 16 de março, anteriores ao próprio decreto de Camilo Santana, de 19 de março. Foi o primeiro a entregar o Plano de Contingência e a apresentar uma proposta consistente de estabelecer em seu território uma unidade exclusiva de internação temporária para casos suspeitos de infecção pelo novo vírus. Aguarda decisão do Estado sobre o assunto.
“Também não é verdade que o município de Quixadá tem se aproveitado da situação para dizer que está preparado para a doença, como se ela não pudesse causar aqui o impacto que está causando até mesmo nos melhores sistemas de saúde do mundo. Esse tipo de desinformação irresponsável pode fazer com que as pessoas baixem a guarda contra esse vírus perigoso. O que tem sido veiculado pelos canais oficiais do poder público é que todos os esforços, dentro das limitações locais, estão sendo empenhados para diminuir o avanço do vírus, e em vez de fazer politicagem, a ampla maioria da população tem cooperado com a prefeitura e com o governo do Estado”, disse em nota ao Diário de Quixadá o Paço Municipal.
Segundo as mídias da família Silveira, a secretária de saúde, Juliana Câmara, tem agido diferente do Poder Executivo ao tratar a questão da pandemia com a devida cautela. Mas a própria Juliana Câmara é, ela mesma, o Poder Executivo na área da saúde.
“Fazer politicagem com uma pandemia que ameaça vidas, ainda mais do que beneficiar aliados políticos com escavação de poços profundos com dinheiro público, não é próprio de pessoas sérias”, conclui a nota.
