Decreto de Temer dá golpe de morte no sonho da Faculdade de Medicina em Quixadá

Temer acaba com sonho da Faculdade de Medicina em Quixadá.

O presidente Michel Temer vai decretar uma moratória para impedir a abertura de novos cursos de medicina no país. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, colunista do Jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a jornalista, o prazo da proibição será de cinco anos.

No Ceará, os cinco cursos (Itapipoca, Crateús, Quixadá, Russas e Iguatu) anunciados recentemente devem ser cancelados. Isto representa um golpe de morte no sonho dos quixadaenses, que há tempos torcem pela instalação do Curso de Medicina no Município.

Em agosto deste ano, o Senador Eunício Oliveira havia garantido que os cursos de medicina estavam assegurados pelo MEC para o Ceará, incluindo o de Quixadá. Seus apoiadores fizeram festa com a notícia, anunciando a conquista como a maior do século. A informação, obviamente, era falsa. Quixadá dependia da abertura de novos editais que contemplassem o Nordeste. A medida de Temer mostra que nunca houve intenção dos peemedebistas de cumprirem a promessa.

Ricardo Silveira durante encontro com Michel Temer em 2016.

Os aliados de Temer no município, – incluindo o médico Ricardo Silveira (PMDB), que disputou a eleição em 2016 e perdeu -, ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), confirmou a desanimadora informação. Segundo ele, o decreto para a adoção da medida já está na mesa do peemedebista e deve ser assinado até o fim do ano. Ainda, segundo o ministro, a medida atende a um clamor dos profissionais de medicina para que se suspenda a abertura de novos cursos.

O ministro disse que apenas dois editais em andamento para a abertura de novos cursos, lançados ainda no governo de Dilma Rousseff, serão concluídos. Mendonça não falou de que municípios pertencem esses editais, mas se estão em andamento, com certeza não se referem aos editais para o Nordeste, que ainda seriam abertos. Resta, agora, aos aliados de Temer resolverem o assunto, honrando a promessa, ou, quem sabe, prefiram vender mais esperança falsa à população. 


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