Covid-19: Enquanto número de mortes cresce no Interior, Quixadá ainda não registrou novos óbitos em julho

A principal preocupação do Governo do Estado do Ceará em relação ao coronavírus, atualmente, é com a situação no Interior. Os números mostram que Fortaleza já passou pelo pico de infecções, mas nas regiões Norte e Centro-Sul, principalmente em municípios pólo como Sobral, Juazeiro do Norte e Iguatu, os casos se multiplicam em ritmo acelerado e, com eles, aumenta o número de óbitos. Esses municípios não apenas não estão avançando na fase de retomada da economia, mas se viram na contingência de ter que adotar isolamento rígido, o que faz o comércio ficar proibido de funcionar.

Covid-19: Enquanto mortes crescem no Interior, Quixadá está há sete dias sem registrar novos óbitos.

Por outro lado, Quixadá vive uma situação atípica para o momento no Interior. Embora tenha características de município pólo do Sertão Central, com grande interação com todos os municípios vizinhos, a Terra dos Monólitos tem visto o ritmo da incidência de infecções e mortes diminuírem.

Hoje, Quixadá tem apenas 145 pessoas em monitoramento, ainda infectadas, em todo o seu território. Nas semanas mais críticas, entre o final de maio e início de junho (quando parece ter ocorrido o pico da doença no município), esse número já chegou a ser quase sete vezes maior.

O ritmo de registros de óbitos também caiu drasticamente. Nas últimas duas semanas foram dois e, mesmo assim, as mortes não ocorreram em julho, mas estavam em investigação desde o mês de junho. Na verdade, não aconteceram novas mortes em julho pela covid. Os 11 óbitos registrados nesse mês estavam em investigação desde junho. A informação foi dada pelo prefeito Ilário Marques em programa de rádio nesta quinta-feira, 23.

Esses números dão evidência de que o município tem conseguido enfrentar com relativo êxito os efeitos mortais da pandemia, diminuindo-lhe a capacidade de devastação.

Enquanto em outros municípios pólo a situação do sistema de saúde está em iminência de colapso, Quixadá conseguiu enfrentar seu pico de infecções sem deixar faltar leitos para os pacientes com sintomas mais graves. Compartilhou sua capacidade de internação com municípios vizinhos. Desenvolveu um eficiente sistema de acompanhamento de pacientes infectados e promoveu medidas certeiras de isolamento social, fechando o comércio em locais estratégicos nos momentos certos, o que lhe permite hoje estar em melhor situação do que outros municípios em lockdown.

Efeitos políticos

Esta situação esvazia o discurso que parece perseguidor, insensível, negacionista, bolsonarista e irresponsável de setores de oposição às políticas sanitárias do município e ressalta o papel de Ilário Marques como gestor. Basta relembrar que o principal oponente do atual chefe do executivo, até agora, o que ofereceu como ideia para combater o vírus foi o uso de cloroquina, um medicamento apontado em todos os estudos científicos sérios como ineficaz.


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