Começa nesta terça-feira o Qxas, I Festival de Fotografia do Sertão Central

Registro que integra o livro “Canudos: 100 Anos” (1997), de Evandro Teixeira, lançado no ano do centenário do massacre.

O Sertão Central como paisagem e perspectiva para novos olhares, encontros e descobertas. A partir de amanhã, 13, e prosseguindo até sábado, 17, as cidades cearenses de Quixadá e Quixeramobim sediarão o Qxas – Festival de Fotografia do Sertão Central.

Em sua primeira edição, o evento contará com uma extensa programação que vai de lançamentos de livros e exposições a workshops, palestras, oficinas e leituras de portfólio, com a presença de profissionais locais, nacionais e internacionais.

Tendo à frente o Instituto da Fotografia (Ifoto) e o Fórum Cearense da Fotografia, o I Qxas vai se debruçar sobre o tema O Sertão de Conselheiro, numa referência ao centenário de nascimento do beato e aos 120 anos do massacre conhecido popularmente como Guerra de Canudos.

 

Em Quixadá, as ações do Qxas Festival irão ocorrer na Casa de Saberes Cego Aderaldo. Em Quixeramobim, serão realizadas no Memorial Antônio Conselheiro, Casa do Conselheiro, Sesc Ler e Liceu, além de escolas municipais e Ponte Metálica.

Beto Skeff registra romeira que pede ajuda no caminho do Santo Sepulcro, durante procissão de Finados (Juazeiro do Norte, 2015)

Dentre os participantes, o Descoletivo — formado por Marília Oliveira e Régis Amora — terá como foco o lançamento de sua mais recente publicação, Tempo Imperfeito (2017), “que funciona como uma experiência visual acerca da trajetória de 15 anos da Camilly Leycker, ator transformista cearense. A ideia é que possamos lançar em Quixeramobim. Para nós, é de uma emoção muito grande, pois a família da Camilly é praticamente toda do Sertão Central. Sem falar que é uma iniciativa louvável e feita por gente que acredita na fotografia realizada a partir do Ceará”, celebra Régis.

Considerado um dos maiores fotojornalistas do País, o baiano Evandro Teixeira traduz assim o sertão: “É o coração do Brasil. Especialmente para mim, que nasci no sertão da Bahia, tenho uma ligação muito grande. E não me refiro nem como região, mas como um país místico que transmite um outro lado da realidade do nosso cotidiano. Você volta sempre com histórias incríveis de lá”, enfatizou. “Fascina porque é um local duro de viver, mas que nunca perde a esperança. É seco, mas de uma beleza insuperável. Está no coração de todo sertanejo e é até difícil de explicar. O sertão fascina a qualquer um que esteja aberto a conhecê-lo e, para isso, você precisa, acima de tudo, despir-se de preconceitos”, complementa Beto Skeff. (Do Jornal O Povo)

SERVIÇO:
QXAS – I FESTIVAL DE FOTOGRAFIA DO SERTÃO CENTRAL

Quando: de 13 a 17 de março

Onde: Quixadá (Casa de Saberes Cego Aderaldo) e Quixeramobim (Memorial Antônio Conselheiro, Casa do Conselheiro, Sesc Ler, Liceu, escolas municipais e Ponte Metálica)

Outras informações: Qxas Festival (Facebook)


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