15 de Maio: Feclesc/Uece, em Quixadá, também vai participar de paralisação nacional em defesa das universidades

15 de Maio: Feclesc/Uece, em Quixadá, também vai participar de paralisação nacional em defesa das universidades

Alunos da Faculdade de Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc/Uece) se reuniram nesta quinta-feira, 09, para deliberar acerca da paralisação nacional pela educação, no próximo dia 15 de maio.

Universidades em todo o país vão realizar manifestações contra os cortes do governo Bolsonaro que, segundo avaliação das próprias instituições de ensino superior, ameaçam a capacidade de custeio das universidades.

A paralisação conta com o apoio de entidades como União Nacional dos Estudantes (UNE), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e outras entidades.

O MEC provisionou R$ 5,7 bilhões em cortes, segundo dados obtidos no Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo). A iniciativa atende a um decreto de contingenciamento definido pela área econômica do governo da ordem de R$ 30 bilhões. No MEC, ele envolve, no total, 23% dos valores discricionários (que excluem despesas obrigatórias, como salários).

Na semana passada, o governo definiu um novo bloqueio, de R$ 1,6 bilhão —o que resultará em um corte total de R$ 7,3 bilhões.

Considerando as verbas relacionadas à educação básica, etapa que vai da educação infantil ao ensino médio, foram congelados até agora R$ 680 milhões.

O reitor da UFC, Henry de Holanda Campos, soltou nota na qual lamenta os cortes e afirma:

“Foi com base nesse orçamento que assumimos compromissos externos, enquanto, internamente, projetamos os próximos passos de nossa expansão, dos investimentos na qualidade do ensino e no avanço das pesquisas e da inovação. Hoje, carentes de qualquer explicação por parte do MEC, ignoramos o que parametrizou a drástica medida (se é que se utilizaram parâmetros, além do viés ideológico que ela claramente carrega).

“Também desconhecemos quem assumirá o ônus pelos compromissos que deixaremos de cumprir, pelos sacrifícios que sofrerão nossos bolsistas, pesquisadores e os agentes que levam a Universidade para o interior das comunidades pobres. De fato, é a população inteira que será apenada, e isso nos leva a conclamar a sociedade, através de suas representações mais legítimas, para se mobilizar contra o golpe que ameaça inviabilizar a Universidade pública, gratuita e de qualidade.”


Compartilha:

Veja Mais