O governador do Ceará, Camilo Santana, manifestou nesta quinta-feira, 04, sua satisfação com a abertura de um hospital de campanha anexado ao Hospital Regional do Sertão Central, localizado em Quixeramobim. O novo espaço, que é temporário, terá 40 leitos de enfermaria exclusivos para pacientes com covid-19.
Nas redes sociais, Camilo abordou um ponto que tem sido alvo de exploração política nas cidades da região, nesse ano eleitoral. O Hospital Regional e seu hospital de campanha não são equipamentos exclusivos de Quixeramobim, mas sim de toda a macro-região de saúde, o que envolve todos os municípios desta parte do estado. “Atenderá pacientes de toda a região”, pontuou Camilo em sua conta no Twitter.
A internação de pacientes com coronavírus, muitas vezes em UTI’s, é serviço do SUS que se delimita como de alta complexidade. Isto significa que são os estados, não os municípios, que detém a competência primária para sua oferta. O socorro a esses pacientes, portanto, acontece dentro das especificações da política estadual de saúde. É por esse motivo que, em vez de distribuir hospitais de campanha em cada município, o Ceará concentra esse tipo de serviço por regiões, e seus benefícios são estendidos a todos os municípios.
Não há, porém, nenhuma vantagem dos municípios nos quais estes equipamentos estão inseridos, quanto à oferta de serviços, em relação aos demais municípios que compõem a região, possuindo todos o mesmo direito de acesso e uso. É o caso, por exemplo, da Policlínica Regional, localizada em Quixadá, que oferece atendimentos em 22 especialidades. O equipamento, porém, não é exclusivo de Quixadá, mas pertence à 8ª Região de Saúde, que inclui Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixeramobim, Senador Pompeu e Solonópole.
