Época acusa Ministra Damares Alves de sequestro infantil; médico quixadaense esteve com a investigada

Damares Alves

Em sua nova edição, a revista Época, já publicada no app para iOS e Android, reconstrói a história de como a ministra Damares Alves levou há 15 anos, de uma aldeia no Xingu, a menina que hoje apresenta como sua filha adotiva, Lulu Kamayurá. A adoção nunca foi formalizada.

Uma das pessoas ouvidas pelos repórteres Natália Portinari e Vinícius Sassine é Tanumakaru, uma senhora octogenária e cega de um olho, avó da menina e quem a criou até mais ou menos seis anos.

Falando em tupi, ela contou que Lulu nasceu frágil e com inúmeros problemas de saúde. Era menininha ainda quando Márcia Suzuki, braço direito da hoje ministra, se ofereceu para leva-la a um tratamento dentário. “Chorei e Lulu estava chorando”, conta a avó. “Disse que ia mandar de volta. Cadê?” Damares conta que salvou a menina de ser sacrificada.

Segundo os índios, ela foi levada na marra. A ministra e Márcia são fundadoras de uma ONG chamada Atini, ligada à Igreja Metodista, e voltada para assistência da população indígena. A capa, com um close da velha senhora, traz por título “A branca levou a Lulu”.

Sem detalhes, parte da história de Lulu já havia sido contada pela Folha. Segundo o jornal, adotar menores que alegam estar em situação de risco é prática comum da ONG e há uma investigação do Ministério Público em curso. A Funai hoje está sob comando de Damares.

FALANDO EM DAMARES…

Ricardo Silveira enalteceu encontro com Damares onde ele não tratou sobre nada.

Quem já foi reverenciar a Ministra investigada por sequestro infantil foi o médico quixadaense Ricardo Silveira. Segundo seus próprios aliados, o médico está ansioso para agradar o governo Bolsonaro, que pode segurar ele no emprego federal na Funasa do Ceará, que ele usa como vitrine para se promover politicamente.

Na ocasião, Ricardo Silveira disse ter tratado com Damares sobre diversos temas, mas a agenda oficial da ministra no dia em que esteve com o médico não tem nenhuma informação sobre um encontro com ele. Por isso, parece que Ricardo aproveitou o encontro da ministra com outra pessoa para dizer que manteve audiência com ela. Na verdade, embora tenha afirmado que conversou com Damares “acompanhado” do Deputado Federal por São Paulo, Pastor Paulo Freire, Ricardo estava mesmo era “acompanhando” o político, e não sendo acompanhado por ele. Aproveitou para fazer uma foto, mas não teve audiência nenhuma com a ministra.

Por essas e outras, Ricardo Silveira está em queda na preferência do eleitorado de oposição a Ilário Marques em Quixadá. O grupo do advogado Sérgio Onofre vai ganhando terreno nessa rejeição cada vez maior ao nome do médico, que se tornou só mais um político.


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