O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta quarta-feira, que o Ministério do Trabalho deverá ser absorvido por uma outra pasta em seu governo. Ele disse ainda que o futuro ministro da Defesa terá “4 estrelas”, em referência à mais alta patente das Forças Armadas, também sem dar mais detalhes.
— O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério — afirmou, sem dizer qual será a pasta.
Na noite de terça-feira, o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, ironizou a reclamação de centrais sindicais sobre o possível fim da pasta do Trabalho na gestão de Jair Bolsonaro . Onyx, indicado como ministro da Casa Civil, afirmou que, se dependesse dos sindicatos, Bolsonaro não teria sido eleito e que o governo vai fazer “o que é melhor para o Brasil”. Ele não confirmou, no entanto, se a pasta de fato vai ser extinta ou unida a outro órgão.
Em nota, a Força Sindical considerou “nefasta” a ideia de extinguir o ministério. Já a CUT considera que a medida “levará a uma nova ofensiva de retirada de direitos e de precarização das relações de trabalho”.
A possibilidade também desagradou técnicos da pasta. Integrantes do ministério já procuraram a equipe de transição para dizer que a medida é prejudicial.
Em relação ao Ministério da Defesa, o presidente eleito também não quis dar mais detalhes, além de sugerir que o titular da pasta será um militar.